E hoje fiz aquelas loucuras que todos tem vontade de fazer,
em um lugar agradável e a pessoa errada, te juro, pensei em você a cada
momento, e tocou as tuas músicas que se tornaram minhas e se fixaram na minha
mente parece enxofre, que doce.
Antes me deixavas na ponta dos pés, agora o pé quebrou, e
nem o amor quer me sustentar, e ainda me chamam de besta.
Estou tentando te levar, com a ajuda do vento, e olha, o
vento tá escasso, que nem ao menos limpa alguma sujeira.
Desprotegido estou, com a armadura trincada, ou melhor,
estilhaçada, já que era tudo de vidro, silício.
Onde será que andas aquele sorriso que me estremecia dos pés
à cabeça, aquele sorriso que me transmitia os sonhos mais impossíveis, se
tornarem reais. Estou caminhando junto a solidão mais linda, a de querer e não
poder, não te quero, quero, não te quero, aaah, sei lá.
Essa fajuta felicidade que se esconde atrás não sei de onde,
não sei pra que, vamos todos ser infelizes, ah, lembre, já somos, buscamos a
felicidade que não encontramos em nós mesmo, como podemos encontrar nos outros
algo que não possuímos, será osmose?
A pior revolução é aquela que te afaga o peito e deixa
trasbordar pelos os teus olhos ingênuos, queria poder ter uma arma, e dar um
tiro, um único e certeiro tiro em toda essa solidão, mas tenho medo que a bala
solitária goste do caminho da solidão e não volte mais para me armar.
E o que será de mim sem tu, e tu, sem mim, acho que serás
completa, como sempre ponderou.
Rafael Benassuli