segunda-feira, 3 de março de 2014

Mate-me

Mate-me dê-me um tiro bem na minha cabeça, não permita-me viver assim sem ti, sem teu carinho, não vá embora para sempre, te perderei em estado e alma.
Afinal, quando foi que te perdi?
E eu que sempre fui clichê, e fiz tudo.
Tudo errado?
Não, só sei que agora não lhe tenho para contemplar minha melancolia, e tudo era tão simples quando era apenas o amor, e depois veio a dor que se misturou com rancor.
Ficamos escravos dessa coisa chamado coração, não damos nem chance para o cérebro, em um horizonte distante qualquer, e digo, não direi, e nem falarei que irei, se nem se quer, que eu tenha, coragem, oh coragem, me faz feliz, tira aquele sorriso bobo, onde está, se é que está, é longe. Minha zona de conforto, é confortável, essas pedras doem, não quero que me arranhem, mesmo você sendo um o remédio que vai curar tudo, tenho medo, confesso.
E afirmo que o amor é tudo, vou me jogar, de peito aberto sem nenhum anestésico, e já faz semanas que venho pensando, pensei e pensei, hesitei e ainda não sei, e qual será meu talento, será que todos tem isso? Minha mente anda fértil como o solo de massapê, apenas ele não está roxo, mas está voltando a querer estar colorido, florido, oh Deus, me proteja das minhas decisões erradas, te juro Deus eu tentei fazer o máximo para me afastar da cruz que quer me crucificar, mas o prego já está entrando nas minhas mãos e eu estou gostando do gosto amargo deste sangue para parece jorrar esperança, mera ilusão.

Rafael Benassuli

domingo, 2 de março de 2014

PODER

E aquele teu cheiro que não quer desaparecer, é o mesmo cheiro de sempre, e eu posso ficar aqui, sozinho, no escuro desse quarto, as decisões que estou tomando vão me fazer bem, pare de se enganar, você não me ama, queria que tudo fosse como antes, é um erro querer tanto, querer já não é mais poder e sim um estado natural.
Eu sei, eu sei que te amei, e tudo isso fica no passado, somente esse cheiro continua no presente, um filme de recordações me veem a cada fragrância desse velho perfume, mistura de leveza, plenitude, mas também desejo.
Eu poderia arrancar toda essa dor e embalar e te dar, mas que diferença faria? O belo que presente que você tem é ficar só, e eu tenho dó.
A paz interior que você não tem me preocupa, não perca a sua alma, não perca sua dor, ela te faz chorar, e eu poderia até enxugar essas lagrimas, mas que raios de lagrimas de alma que não posso me intrometer, todos nós viemos com defeito de fabricação, é um erro querermos perfeição, não somos, somo feito de erro e desejos, misturados com prazer e chamamos de amor, racionalidade é moda, que modinha fajuta.

Por favor, não minta, não diga que ama, não diga essas palavras elas me partem o peito como uma broca que perfurando, revirando tudo, causando estragos tão profundos que nem uma simples cicatriz vai compreender o corte.

Rafael Benassuli

Loucuras

E hoje fiz aquelas loucuras que todos tem vontade de fazer, em um lugar agradável e a pessoa errada, te juro, pensei em você a cada momento, e tocou as tuas músicas que se tornaram minhas e se fixaram na minha mente parece enxofre, que doce.
Antes me deixavas na ponta dos pés, agora o pé quebrou, e nem o amor quer me sustentar, e ainda me chamam de besta.
Estou tentando te levar, com a ajuda do vento, e olha, o vento tá escasso, que nem ao menos limpa alguma sujeira.
Desprotegido estou, com a armadura trincada, ou melhor, estilhaçada, já que era tudo de vidro, silício.
Onde será que andas aquele sorriso que me estremecia dos pés à cabeça, aquele sorriso que me transmitia os sonhos mais impossíveis, se tornarem reais. Estou caminhando junto a solidão mais linda, a de querer e não poder, não te quero, quero, não te quero, aaah, sei lá.
Essa fajuta felicidade que se esconde atrás não sei de onde, não sei pra que, vamos todos ser infelizes, ah, lembre, já somos, buscamos a felicidade que não encontramos em nós mesmo, como podemos encontrar nos outros algo que não possuímos, será osmose?
A pior revolução é aquela que te afaga o peito e deixa trasbordar pelos os teus olhos ingênuos, queria poder ter uma arma, e dar um tiro, um único e certeiro tiro em toda essa solidão, mas tenho medo que a bala solitária goste do caminho da solidão e não volte mais para me armar.

E o que será de mim sem tu, e tu, sem mim, acho que serás completa, como sempre ponderou.
Rafael Benassuli