Mate-me dê-me um tiro bem na minha cabeça, não permita-me
viver assim sem ti, sem teu carinho, não vá embora para sempre, te perderei em
estado e alma.
Afinal, quando foi que te perdi?
E eu que sempre fui clichê, e fiz tudo.
Tudo errado?
Não, só sei que agora não lhe tenho para contemplar minha
melancolia, e tudo era tão simples quando era apenas o amor, e depois veio a
dor que se misturou com rancor.
Ficamos escravos dessa coisa chamado coração, não damos nem
chance para o cérebro, em um horizonte distante qualquer, e digo, não direi, e
nem falarei que irei, se nem se quer, que eu tenha, coragem, oh coragem, me faz
feliz, tira aquele sorriso bobo, onde está, se é que está, é longe. Minha zona
de conforto, é confortável, essas pedras doem, não quero que me arranhem, mesmo
você sendo um o remédio que vai curar tudo, tenho medo, confesso.
E afirmo que o amor é tudo, vou me jogar, de peito aberto
sem nenhum anestésico, e já faz semanas que venho pensando, pensei e pensei,
hesitei e ainda não sei, e qual será meu talento, será que todos tem isso?
Minha mente anda fértil como o solo de massapê, apenas ele não está roxo, mas
está voltando a querer estar colorido, florido, oh Deus, me proteja das minhas
decisões erradas, te juro Deus eu tentei fazer o máximo para me afastar da cruz
que quer me crucificar, mas o prego já está entrando nas minhas mãos e eu estou
gostando do gosto amargo deste sangue para parece jorrar esperança, mera
ilusão.
Rafael Benassuli